O trabalho de Inteligência e o ofício dos juízes
uma comparação entre servidores públicos
DOI:
https://doi.org/10.58960/rbi.2023.18.227Palavras-chave:
Atividade de Inteligência de Estado assessoramento de Inteligência serviço público brasileiro princípio da imparcialidadeResumo
O artigo discute papeis e expectativas sobre servidores de duas funções interpretativas distintas: juízes e analistas de Inteligência. Inicialmente, são examinadas as semelhanças e diferenças no exercício dos ofícios, e sublinha se que, embora as atividade s sejam congêneres por lidarem com a interpretação de fatos e ideias presentes na sociedade, o resultado de suas análises é marcadamente diverso: espera se um produto tão imparcial e objetivo quanto possível do analista de Inteligência, isto é, produção de juízos meramente enunciativos; na atividade do juiz, são admitidos desacordo teórico e juízos valorativos. O artigo a borda ainda, a imparcialidade no serviço público e argumenta que, na A tividade de Inteligência, o referido valor é fundamental para a man utenção d e seu diferencial no assessoramento ao processo decisório.
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